sábado, 26 de fevereiro de 2011

Encapsulado

Mãos atadas e consciência serrada por milhões
entendiado com o dia após dia
que sem brilho segue mudando nada na existência
temo contaminar próximos com tal desalegria

Selva tem-se tornado cada palmo à minha frente
reflito felicidade efêmera quando num vão perdido estou
sentindo brisa e desagradável ambiente
escrever se torna um acalanto

Definhando em miudos pedaços minha mente está
difícil encontrar motivos que alegrem-me
porém também faz-se necessário alterar
uma rota circundada por estranhos

O fim ninguém sabe
mas a probabilidade de mudança
mantém acesa a chama
com a menor labareda existente

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Desafio o Horizonte

Pôr do Sol distante e efêmero
morre e renasce a cada suspiro meu
como também um amor inacabado
pela brisa do mar mais brando.

Simples e entusiasta
se torna todo meu pequeno mundo
que tem em volta o mais pobre vagabundo
encurvado pelo fardo medonho.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A imagem

Diante do espelho

Pude me ver e não vi nada
Vazio, tardio e partido me vi
certamente não era eu
Uma representação pitoresca.

Uma faca amolada tem um poder impar
cancelar uma vida
Arma pontiaguda arrebatadora
Olhos de sangue transbordam inconsciência.

Meus líricos momentos se findam a partir de agora
Um a um, lá fora.
Morte não vai levar-me
Pax confortar-me-á

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vertigem

Um óculos falso encobre minha visão
Do alto de um prédio vejo plumas leves flutuando
Enquanto isso fome, frio e desespero alarmam a multidão
e me sufoco no pensar em não ver meu reflexo

Até que tudo começa ficar turvo
clareza não encontro nos desenhos e imagens
beijo uma flor, no jardim, e afloram paisagens
entorpecido pelo efeito fico e me deito.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

My psychedelic mind

I never write in English, tambien no escribo en español
But nowadays i listened a bird voice and i loved it
My psychedelic mind doesn't want me anymore
I read, write and hear a song, but it's not a hit

You and me can understand something, but nothing too
Si ahora estoy aqui, tu estas distante de mi, a brew
En français petit je parle, my mind is stopping again
Never, never, never will be hard or easy go with you

Here my psychedelic mind is flying and there i don't know
Look at me, don't bother me, i need to sleep...you, no
My eyes are looking for someone who i don't know
Go, Show, Eat...Then Sampai Jumpa! Zal-ga!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2050

Saborosa sensação de curtir meus quase 61 anos
Te ter mais uma vez seria todo o meu prazer então
Sem medo de viver eu arriscaria toda essa sensação
Enquanto outros lábios te beijaram ao longo dos anos

Já não proponho nada que a máquina não responda
A equação evaporou e o computador personificou
A água é o meu combustível e dos autos também
Dali praqui em um instante, partículas me compõem

Corre de mim todo o cibernético cão e a rapousa eletrônica
minha autorealização se encontra no momento que ouço o vinil
puro e nostálgico, preenchido de lembranças dos belos momentos
morremos repetidas vezes, todos os dias, a cada hora

Num parto só óleo e encoders, automação ocupa a experiência humana
reprodução em massa, caleidoscópios nas lojas, à venda!

2050 - 20 anos passando - 50 anos vezes 4 evoluídos
antenas no sangue e chips no cérebro, ai ai ai
trombetas tocam e sinto o fogo ardendo, como nos velhos tempos
agora há de ressoar a mais bela melodia, analógica

Os ouvidos não entendem e eu não te entendo mais
eu tenho medo da minha condição, mas posso seguir vivendo
não te quero por mais um dia, mas por toda a eternidade
o tempo dilatado e o espaço contraído paradoxalmente!